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Movimento social se manifesta contra ajuste fiscal como quer mercado

O líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), diz que não é aceitável fazer ajuste fiscal com cortes na previdência, saúde e educação


Publicado 11/11/2024 21:18 | Editado 11/11/2024 23:57

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Diversas entidades do movimento social e partidos como PT, PDT, PSOL e PCdoB lançaram manifesto no último domingo (10) contra os cortes nos gastos públicos em políticas públicas voltadas para a saúde, a educação e aos trabalhadores aposentados e idosos.

Além disso, o manifesto “Mercado financeiro e mídia não podem ditar as regras do país” acusa a pressão que vem sofrendo o governo desses setores.

“São pressões inaceitáveis que partem de uma minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes; dos que manipulam a fixação das maiores taxas de juros do planeta e que chantageiam o governo e o país, especulando com o dólar e nas bolsas de valores”, diz o texto.

O líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), diz que não é aceitável fazer ajuste fiscal com cortes na previdência, saúde e educação.

“Dá para melhorar a receita e muito ampliando combate à sonegação, taxando os super-ricos, taxando lucros e dividendos.  Ajuste com justiça tributária e não mandando a conta para os que mais precisam”, disse.

“Nós tivemos o PIB subindo a 2,9%, ano passado e esse ano vai subir mais de 3%, a inflação ficou controlada, estamos vencendo o desemprego, a renda da população aumentou, tudo contra o que o mercado dizia que iria acontecer. Mas ele insiste em um ajuste fiscal sem precedentes em cima do povo brasileiro”, afirma a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), em entrevista à TV Fórum.

Para ela, trata-se de uma coisa absurda, uma vez que o páis não enfrenta descontrole fiscal. “Qual é o problema que impacta as finanças públicas? Os juros. Cada ponto percentual a mais gera um impacto de R$ 50 bilhões. Tem um outro lado: o presidente Lula foi eleito para reconstruir o Brasil e proporcionar políticas para a melhoria de vida do povo brasileiro, e isso passa por políticas financiadas pelo Estado. Nós não podemos retroceder”, disse.

“O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior. Onde estavam esses críticos quando Bolsonaro e Guedes romperam os orçamentos públicos e a credibilidade do Brasil? Onde estavam quando a inflação caminhava para 12%?”, questiona um trecho do manifesto.

Confira a íntegra do documento:

Mercado financeiro e mídia não podem ditar as regras do país

Temos acompanhado, com crescente preocupação, notícias e editoriais na mídia que têm o objetivo de constranger o governo federal a cortar “estruturalmente” recursos orçamentários e outras fontes de financiamento de políticas públicas voltadas para a saúde, a educação, os trabalhadores, aposentados e idosos, bem como os programas de investimento na infraestrutura para o crescimento do país.

São pressões inaceitáveis que partem de uma minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes; dos que manipulam a fixação das maiores taxas de juros do planeta e que chantageiam o governo e o país, especulando com o dólar e nas bolsas de valores.

No momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar.

O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior. Onde estavam esses críticos quando Bolsonaro e Guedes romperam os orçamentos públicos e a credibilidade do Brasil? Onde estavam quando a inflação caminhava para 12%?

 Agora querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, o seguro desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS, os pisos constitucionais da Saúde e da Educação.

 E nada falam sobre o maior responsável pelo crescimento da dívida pública, que é a taxa de juros abusiva e crescente. Nada falam sobre as desonerações de setores que lucram muito sem gerar empregos, inclusive a mídia; a imoral isenção de impostos sobre lucros e dividendos nem sobre a recusa de taxar grandes fortunas, por parte de uma maioria do Congresso que se apropria de fatias cada vez maiores do Orçamento.

 Chega de hipocrisia e de chantagem! Cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só vai levar o país de volta a um passado de exclusão e injustiça que os movimentos sociais e o povo lutam há tempos, todos os dias, para transformar numa sociedade melhor e mais justa.

Assinam:

Frente Brasil PopularFrente Povo sem MedoMSTMTSTCUTINTERSINDICALCONTAGCNTECONTEECMPMTCINESCMBPMPAMNUMAMMMMSem DireitosFrente de Evangélicos pelo Estado de DireitoPTPDTPSOLPCdoBInstituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento – IFFDRede MMT BrasilTransforma UnicampSubvertaFogo no PavioSindicato dos Servidores De Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública – ASFOC/SNConfederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSSFederação Nacional das/os Assistentes SociaisCANDACESFederação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – FENAPSIFederação Nacional dos PsicólogosAssociação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais – AbecsFineduca assinaABGLTRuaJuventude ManifestaResistênciaANPAEFNPEConfederação Sindical Educação dos Países de Língua Portuguesa – CPLPAssociação Rede UnidaAssociação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCOAssociação Brasileira de Economia da Saúde (ABReS)Frente Pela Vida

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Iram Alfaia

 
 
 

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Bom Artigo. Sugiro a leitura.

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