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Dois poetas falam sobre Natal e Gaza

Leia dois poemas que tratam da celebração do 25 de dezembro


por Redação - Portal Vermelho


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Publicado 23/12/2024 10:45 | Editado 23/12/2024 13:34

Às vésperas do Natal de 2024, o Prosa, Poesia e Arte publica dois poemas que tratam da celebração do 25 de dezembro.

O imenso poeta Alberto da Cunha Melo escreveu:  

Natal Longe do Olimpo, um deus nascia roxo, a gritar, como os humanos, um deus sem flâmulas nascia, para os perdidos e os insanos; nada tinha do deus heleno o deus menino sobre o feno, era um deusinho de brinquedo no quintal do Império Romano, era o deus do povo com medo, um deus sem sorte, palestino, e sem teto, desde menino.

Já o grande poeta Gustavo Felicíssimo publicou:  

Queda-te, Senhor, entre nós
Queda-te, Senhor, entre nós,
para que possamos mostrar-Te o nome do
Teu filho impresso no cano de poderosos fuzis e em antigos livros que une me separam os homens.
Queda-te, Senhor, entre nós, para que possamos mostrar-Te aquele franzino
Davi montado em poderosos helicópteros e tanques de guerra subjugando o seu irmão.
Queda-te, Senhor, entre nós, para que possamos mostrar-Te o choro desesperado da criança sobre os escombros que soterraram seus pais tornando-a mais uma entre milhões de órfãos esquecidos de todas as guerras.
Queda-te, Senhor, entre nós, para que possamos mostrar-Te os silos e armazéns abarrota dos de milho e soja, trigo e açúcar enquanto metade da humanidade não dorme com medo da que não come. (Inspirado em Josué de Castro)
Queda-te, Senhor, entre nós,
para que possamos, enfim,
ver-Te com estes olhos que a terra há de comer e
para que Possas também nos lembrar+
que a videira é seca, suja e torta:
que este vale é feito de lágrimas.

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Redação

redação do vermelho

 
 
 

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Bom Artigo. Sugiro a leitura.

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